TOXOPLASMOSE

Toxoplasmose ocular é uma das causas mais comuns de infecção ocular em nosso país.  Acomete, principalmente, pacientes entre 25-45 anos de idade e é caracterizada por recorrências que podem ocasionar redução visual severa. O toxoplasma gondii é um parasita predominantemente intracelular tendo o gato como hospedeiro definitivo. A transmissão se dá por ingestão de alimentos como carne mal cozida e verduras mal lavada. Existe também a transmissão durante a gravidez da mãe para o feto quando esta adquire a infecção na gravidez.

Somente uma pequena parcela da população vai desenvolver doença ocular significativa. Os sintomas mais comuns são moscas volantes e diminuição da visão. O olho pode apresentar dor e pressão intraocular elevada. O exame fundamental para caracterizar o diagnóstico é o mapeamento de retina, que detectará lesão esbranquiçada de corioretinite.

O diagnóstico é especificamente clínico, mas o médico pode solicitar exames complementares de sorologia sanguínea e até punção intravítrea em caso de dúvida diagnóstica.

O Tratamento depende de algumas variáveis, como aspecto clínico da lesão e localização, tendo duração de aproximadamente 6 a 12 semanas em pacientes imunocompetentes ou mais prolongado em pacientes com sistema imunológico comprometido como transplantados e ou SIDA ( Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida).

Apesar de haver cura, esta é uma doença que apresenta muitas recidivas, ou seja, quem já teve tem chance de ter novamente. O mais frequente é que o paciente tenha uma nova crise em um ano ou mais, aproximadamente. Por isso, quem já teve deve se policiar, porque uma nova crise é sim possível. Mas com um atendimento rápido e a realização do tratamento de forma precoce, a possibilidade de cura aumenta e as chances de seqüelas diminuem.

Existem complicações geradas pela doença que necessitam de tratamento cirúrgico, entre elas temos: Descolamento de Retina, membrana epiretiniana, turvação vítrea sequelar acentuada que não apresenta resolução e catarata.

A prevenção é o grande tratamento a ser seguido, principalmente, por mulheres grávidas que nunca tiveram contato com a doença.