GLAUCOMA

O glaucoma é uma doença que faz parte da vida de aproximadamente 70 milhões de pessoas no mundo todo. Um dos motivos pelos quais este número alcança tamanha proporção é o fato de ser uma doença silenciosa, lenta e dificilmente percebida por seus portadores.

Diante destas circunstâncias, estima-se que 4,5 milhoes de pessoas são cegas devido ao glaucoma, 50% das pessoas desconhecem o diagnóstico em países de primeiro mundo e, o mais alarmante, em países subdesenvolvidos, apenas 10% da população possui conhecimento sobre a doença.

O que é glaucoma?

Glaucoma pode ser definido como uma doença do nervo óptico, de caráter progressivo, com perda de campo visual e risco de cegueira, caso não diagnosticado e tratado a tempo.

Por meio deste nervo, as imagens que os nossos olhos captam são levadas ao cérebro, tornando possível identificar tudo o que está a nosso volta.

Na maioria dos casos de glaucoma, ocorre um aumento na pressão intraocular, que danifica progressivamente o nervo óptico. Entretanto, isto não é a regra, alguns pacientes com glaucoma possuem pressão intraocular normal e, mesmo assim, apresentam nervos visivelmente afetados.

Importante lembrar: glaucoma não é somente a pressão alta nos olhos!

Imagem do Nervo Óptico

Aumento da pressão

Para melhor compreender o funcionamento da pressão intraocular, imagine o olho como uma “bola” preenchida por um liquido. Este líquido está em constante produção e , por isso, necessita sair do olho por meio de um sistema de drenagem. Quando a pessoa tem glaucoma, este sistema de drenagem se encontra comprometido, dificultando a saída do líquido e aumentando a pressão intraocular.

Sintomas

O glaucoma do ângulo estreito ocasionalmente pode apresentar sintomas, como fisgada no olho, associada a olho vermelho, borramento temporário da visão e percepção de halos coloridos ao redor de luzes. Porém, na maioria dos casos, o glaucoma evolui lentamente, sem que o paciente perceba. O diagnóstico precoce só é feito em exame oftalmológico preventivo.

Consequências

Apesar de ser uma doença silenciosa e discreta, a consequência do glaucoma pode ser a cegueira irreversível.

É por isso que a prevenção ainda é o melhor remédio, quando você diagnostica a doença precocemente, menor o grau de lesão do nervo óptico e maior a chance de controle do glaucoma.

Fatores de risco

Dentre os fatores de risco para o glaucoma primário, incluem-se:

  • a pressão intraocular elevada,
  • história familiar,
  • idade avançada,
  • etnia negra,
  • predisposição genética
  • espessura corneana mais fina.

O glaucoma tem cura? Qual é o tratamento?

Por ser considerada uma doença crônica, o glaucoma não tem cura e sim tratamento e prevenção.

É preciso apenas que o seu diagnostico seja feito em tempo adequado, para que sua ação possa ser controlada e não cause maiores problemas ao portador. Após a confirmação da doença, o tratamento é iniciado com colírios, podendo ser complementado com comprimidos ou procedimentos a laser. Nos casos mais avançados é necessário realizar a cirurgia de drenagem.

O objetivo do tratamento é diminuir a pressão ocular, principal fator de risco para desenvolvimento e progressão do glaucoma.

Pacientes com glaucoma primário deverão usar a medicação por toda a vida, exceto se tiverem realizado algum tipo de cirurgia. Uma vez iniciado o tratamento do glaucoma, ele só poderá ser interrompido por orientação do oftalmologista.

Exames

O oftalmologista realiza uma série de exames, todos indolores:

Tonometria

Mede a pressão intraocular. Em geral, os valores de normalidade estão entre 10 mmHg e 21 mmHg para pessoas sem glaucoma.

Exame do nervo óptico (fundo de olho e mapeamento de retina)

O oftalmologista terá conhecimento do estado do nervo óptico e se há dano causado pelo glaucoma.

Exame de campo visual

O glaucoma não controlado leva progressivamente à perda de partes do campo de visão. O exame de campo visual serve para detectar essas perdas e observar se esses defeitos progridem com o tempo.

Paquimetria

Mede a espessura da córnea. Valores normais entre 520 e 540 micrometros. Se a córnea for mais fina do que o normal, a medida da pressão estará falsamente reduzida, e vice-versa.

Tomografia do nervo óptico (OCT)

Exame tomográfico do nervo óptico que tem finalidade de avaliar o tamanho e aspecto da escavação do nervo óptico; e também avalia perdas na camada de fibras nervosas da retina.

Atenção! – Se estiver usando mais de um tipo de colírio, deixe um intervalo de aproximadamente 5 a 10 minutos entre a aplicação de cada colírio.

Como aplicar o colírio corretamente?
Mantenha os olhos abertos, olhe para cima e pingue uma única gota do colírio na parte de baixo. Logo após, feche os olhos e comprima com o dedo indicador o canto interno do olho por aproximadamente 1 minuto.
Se estiver usando mais de um tipo de colírio, deixe um intervalo de aproximadamente 5 a 10 minutos entre a aplicação de cada colírio.